sábado, 19 de dezembro de 2009

O fantasma de Berlim. O Muro ainda está de Pé?

A inda estão em pé duas das 302 torres de vigia que antigamente cercavam Berlim Ocidental. Em uma delas está sentado Jürgen Litfin, 69 anos, trajando jaqueta azul, ao lado de um manequim em tamanho natural. O boneco ostenta capacete e está metido em um velho uniforme militar da Alemanha Oriental. Equipado com um binóculo, Litfin espalha mal-estar. Suas lentes passam por placas blindadas, pela fenda produzida por um tiro, e se esvai por sobre o Rio Spree, para os lados da capital alemã que, durante anos, esteve sob o controle dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra e de seus aliados. Seu olhar divagante pousa sobre uma misturadora de concreto, o hospital do Exército da extinta Alemanha Ocidental e as casas cor-de-rosa - de aluguel - que, após a virada política de 1989, surgiram ao redor.

"Antigamente", diz ele, "a vista era melhor". Na época da República Democrática Alemã (RDA), dois beliches ficavam ali, no quarto do primeiro andar da torre, guarnecida por uma dúzia de militares da tropa de fronteira. Litfin gosta de contar que às vezes, os soldados ficavam deitados bêbados nos campos, deixando a fronteira totalmente desprotegida. Mais tarde, porém, o governo colocou informantes da "Segurança Nacional" para reprimir o consumo de álcool entre os guardas. Mas essa é outra história.

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